Para a sociedade uma perplexidade sem explicação; para a
escola, um sentimento de desconstrução, de anti-educação, de anti-vida; para os
pais um abismo interior de proporções inimagináveis, uma dor sem estanque, um
nó apertado de forma perene na alma; para as crianças, um sentimento de
insegurança, uma aula com lições muito difíceis de serem entendidas.
Tragédias como a de Realengo nos chocam e entristecem.
Pessoas, de uma hora para a outra, surpreendem a todos com atitudes que
redundam em atrocidades e crimes hediondos. A gravidade dos atos violentos
deixa as pessoas imóveis, perplexas e impotentes.
O amor se ausenta, a paz se distancia, a segurança é negada,
a valorização da vida é minimizada, a esperança míngua… Será que a morte está
vencendo?
Uma desgraça como esta de Realengo é como um caldeirão de
água gelada sobre todos os pontos de vistas positivos, altruístas e
esperançosos com relação à humanidade e à vida.
Em tempos assim, somos convidados pela Palavra a entender
que “… o mundo inteiro jaz no Maligno.” (1 João 5.19b), que “… o príncipe deste
mundo já está julgado.” (João 16.11), que o amor esfria quando a inquidade se
multiplica (Mt 24.12), que não podemos nos moldar aos padrões deste século,
antes precisamos nos transformar pela renovação da nossa mente (Rom 12.2), pois
é pecisamente no meio de uma geração corrompida e perversa que precisamos “…
resplandecer como astros no mundo.” (Fil 2.15).
Mais ainda, somos lembrados pelas Escrituras que precisamos
chorar com os que choram ( Rom 12.15 ) e levarmos as cargas uns dos outros para
cumprirmos a lei de Cristo ( Gal 6.2 ).
São, portanto, pelos pais e irmãos daquelas 12 crianças
indefesas, cruelmente assassinadas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em
Realengo; bem como por outros feridos, as nossas orações…
Aquelas crianças tiveram uma aula muito difícil, mas todos
nós precisamos aprender as lições da solidariedade, da valorização da vida e,
sobretudo, da importância de levarmos Deus a sério.
O Brasil está em luto.
É tempo de silêncio, solitude, reflexão e inconformação!
Por: Lécio Dornas em 08/04/2011 – 11:02