Desde que me converti em 1978, já perdi a conta de quantas
mensagens ouvi sobre o serviço do ministério cristão. Vinha um pregador e
dizia: Deus usa os disponíveis. Disponibilize-se! Outro chegava e pregava: Ai
do que desejar fazer a obra de Deu sem ser chamado! Não passava muito tempo,
vinha outro sermão, que apelava: Você não pode ser apenas um assistente de
culto, precisa sair da sua zona de conforto e vir servir a Deus! Os dias
seguintes eram de conflito. Será que Deus quer algo especial de mim? Os dias
passavam e lá estava eu na congregação e, do púlpito, o pregador diagnosticava:
Há muitos no ministério que nunca foram chamados, talvez tenham sido
assobiados…
Afinal de contas, é para esperar Deus chamar ou é para se
apresentar? Os versículos parecem confusos: “A quem enviarei?”, “Se alguém
aspira o episcopado”, “o diácono seja primeiro provado”, “a ninguém imponhais
precipitadamente as mãos”, “Antes que saísses da madre, te consagrei”…
Essa separação entre o clero e o laicato; entre os
especialmente escolhidos e os leigos; entre os chamados por Deus e os outros;
tem sido responsável por significativo atraso e até retrocesso na obra de Deus,
em todas as suas dimensões.
Jesus resolveu o problema, de forma singela, tácita, firme,
amorosa e direta:
“Lembrem-se: Vocês não me escolheram: Eu os escolhi e lancei
no mundo para produzir frutos que não se estragarão. Como o fruto de vocês vem
do Pai, o que pedirem ao Pai em relação a mim, ele concederá.” (João 15.16 – A
Mensagem).
Todos fomos escolhidos por Jesus, para produzirmos frutos de
boa qualidade, que o próprio Deus nos dará para que o amemos, o adoremos e dele
nos aproximemos mais e mais.
BOA NOITE!
Lécio Dornas